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Notice: Uninitialized string offset: 0 in /home/csmapt/public_html/wp-includes/rest-api/endpoints/class-wp-rest-terms-controller.php on line 1 Vida Mineira | Centro Social dos Montes Altos
Este trocadilho de linguagem remete para uma quase certeza da vida mineira: a promoção pela experiência do trabalho na mina, transportava os homens “da luz do dia” para as profundezas da terra – a contramina.
A mina (de pirites), localizada em S. Domingos, a poucos quilómetros de Mértola, foi descoberta por Nicolau Biava em 1858, cedida em regime de concessão à empresa La Sabina, explorada em regime de arrendamento pela firma Mason and Barry Ldª, encerra a sua actividade em meados de 1967.
A entrada da mina é, ainda hoje, uma grande boca aberta na terra, por onde, outrora, eram engolidos os grupos de homens que a iam desventrar. Traziam de volta, deste “parto a ferros”, o minério que alimentava a empresa Sabina e, para eles, o pó da mina agarrado às vísceras e a desilusão agarrada à alma. Lêem-se ainda hoje nos olhos dos antigos mineiros os resquícios da vida sem sol, da vida sem ilusão. E se, aqui ou ali, o sonho assaltava, era tornado pesadelo pelo aparelho repressivo ou pela guarda local. Do horário de “escuridão a escuridão”, (em analogia ao de sol a sol, utilizados pelos trabalhadores rurais) e aos salários de fome, receberam de resposta, os mineiros: “Nem mais um vintém e quem não está bem pode ir-se embora”.
De Montes Altos saía todos os dias José Godinho Sotero, hoje com 70 anos, para trabalhar na mina. O seu ar calmo mostra a aspereza da vida transformada em força de ter sobrevivido. E é ele quem diz: “Comecei aos 17 anos a acarretar água para a mina. Andava um quilómetro com um barril de madeira às costas com 30 litros de água. Era o dia todo neste vaivém…trabalhei na fábrica de enxofre…até que fui promovido para debaixo da terra. O que havia de bom, aí, é que não tinha piolhos, pois nem eles resistiam”.
As páginas que se irão seguir, contam as Histórias de Vida dos homens da mina, com todo o seu potencial de emoção, de enfabulação, a forma única de ouvir a história da cadência da mina – contada por quem a viveu.
Vida Mineira
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Este trocadilho de linguagem remete para uma quase certeza da vida mineira: a promoção pela experiência do trabalho na mina, transportava os homens “da luz do dia” para as profundezas da terra – a contramina.
A mina (de pirites), localizada em S. Domingos, a poucos quilómetros de Mértola, foi descoberta por Nicolau Biava em 1858, cedida em regime de concessão à empresa La Sabina, explorada em regime de arrendamento pela firma Mason and Barry Ldª, encerra a sua actividade em meados de 1967.
A entrada da mina é, ainda hoje, uma grande boca aberta na terra, por onde, outrora, eram engolidos os grupos de homens que a iam desventrar. Traziam de volta, deste “parto a ferros”, o minério que alimentava a empresa Sabina e, para eles, o pó da mina agarrado às vísceras e a desilusão agarrada à alma. Lêem-se ainda hoje nos olhos dos antigos mineiros os resquícios da vida sem sol, da vida sem ilusão. E se, aqui ou ali, o sonho assaltava, era tornado pesadelo pelo aparelho repressivo ou pela guarda local. Do horário de “escuridão a escuridão”, (em analogia ao de sol a sol, utilizados pelos trabalhadores rurais) e aos salários de fome, receberam de resposta, os mineiros: “Nem mais um vintém e quem não está bem pode ir-se embora”.
De Montes Altos saía todos os dias José Godinho Sotero, hoje com 70 anos, para trabalhar na mina. O seu ar calmo mostra a aspereza da vida transformada em força de ter sobrevivido. E é ele quem diz: “Comecei aos 17 anos a acarretar água para a mina. Andava um quilómetro com um barril de madeira às costas com 30 litros de água. Era o dia todo neste vaivém…trabalhei na fábrica de enxofre…até que fui promovido para debaixo da terra. O que havia de bom, aí, é que não tinha piolhos, pois nem eles resistiam”.
As páginas que se irão seguir, contam as Histórias de Vida dos homens da mina, com todo o seu potencial de emoção, de enfabulação, a forma única de ouvir a história da cadência da mina – contada por quem a viveu.